sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O DESIGN ATINGIU A SUA DATA DE VALIDADE?

Olá!



10 anos de "Saber Pensar" com o FÓRUM DE INSPIRAÇÔES DA ASSINTECAL, é com muita honra, que digo que a melhor faculdade para o designer de calçados esta nas palestras do Fórum, participo do Fórum desde de 2007 na cidade de Franca e é gratificante também para quem acompanha essa explosão de conhecimento, crescendo em todas as APLs. Então deixo aqui no blog meu parabéns aos designers da ASSINTECAL que ao longo do tempo tem fazendo um magnífico trabalho sobre DESIGN!


E falando em Fórum, várias matérias me chamam a atenção e para começar a discussão coloco aqui o primeiro assunto do FANZINE VERÃO 2012, p.21 que fala sobre - O DESIGN ATINGIU A SUA DATA DE VALIDADE?



"Não cumprimos a missão do Design do século XX no que diz respeito ao mercado, estilo, marca e valor agregado, de inovar e experimentar através do design?


Não é hora de fazermos uma pausa e repensarmos, e questionarmos o porquê, antes de reagirmos da mesma maneira no século XXI?


Estamos, cada vez mais, habitando num mundo criado e, para mais da metade da população mundial, este é o ambiente da metrópole desenhada. Precisamos de algo mais? Podemos desejar muito menos?


Vamos encarar o fato: o design é, atualmente, uma grande fonte de poluição. Como processo e fenômeno, o design degenerou-se em um estado de proliferação estética que alcançou níveis cumulativos e destrutivos, em termos de perda de sentido, valor e identidade.


O resultado é um vazio em termos de finalidade, um mundo cheio de "escombros e destroços do design", que está inundando o nosso planeta ou que estão incrustados nele ou acima dele. São produtos mal projetados, soluções indesejados, materiais nada propícios e uma infinidade de artefatos que são descartados tão depressa como foram adotados.







SERÁ QUE PRECISAMOS DE MAIS, PODERÍAMOS DESEJAR MUITO MENOS?



Desde carros, telefones celulares, computadores, iluminação e cadeiras até vestuário, embalagens, alimentos e brinquedos. Impulsionados pela nossa dependência diária do que é novo, há uma falta de respeito pelo que é bem experimentado, confiável e trabalhável.



O iPhone pode ser o máximo do design emblemático centrado no usuário, mas por que ele vem encerrado num invólucro brilhante que exige que compremos uma proteção extra para que ele resista ao desgaste do dia-a-dia? Então, a gente pergunta: este design é adequado para a finalidade?





Por que não se pode permitir que os produtos colecionem lembranças, como uma boa cadeira de couro? Por que não aceitamos a pátina de uso como um adorado skate? Quando vamos aceitar o envelhecimento como uma rica história de vida, como o estimado mandril que a nossa avó nos deixou, ou as rugas do rosto do nosso avô, de uma vida bem vivida!




Apesar da percepção de que temos nos redimido através da nossa recente paixão pela sustentabilidade e eficiência energética, isto tem vindo do gasto do excedente, e para a maioria que permanece em um estado de total negação. Temos que encarar o fato que, como acontece com a mudança climática, estamos num ponto de ruptura, quando se perde o equilíbrio, e como a nossa atual crise econômica, a moeda do bom design é desvalorizada por um tsunami de mudanças rápidas, quando tudo o que é bom ou ruim está submerso e torna-se igualmente contaminado e perde sua relevância.



CONSUMIR O QUE REALMENTE PRECISAMOS, MAIS DO QUE ACREDITAMOS QUE NÓS
QUEREMOS."






Texto do Fórum de Inspirações - Fanzine Verão 2012, p. 21.







E para pensar em Design, pensamos na vivência!







Até mais!!!



Beijos



T.COCENZA






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